25.6.12

Da amizade (?)


Entao ta beleza. Você ta lá “quieta” no seu canto, tratando de priorizar as coisas importantes na sua vida de mae. Eu priorizo quality time com a família, afinal, dia de semana é aquela correria, pra cima e pra baixo, no final de semana é curtir (ou pelo menos tentar, já que minha culpa e stress muitas vezes nao permitem). Curtir nossa vidinha a 3. Se der pra juntar algum amigo, ok. Nessas horas eu confesso que é mais duro ainda estar longe dos meus irmaos, meus sobrinhos, primos e da minha mama. Por que, no final, fim de semana é isso né? Passar tempo com quem a gente GOSTA.

Por aqui, tenho poucos amigos, agora entao que sou mae, muita gente sumiu. Cheguei a ficar triste uma época, mas já passou. Amigo de verdade é amigo de verdade e eu tenho uma que vale ouro, todo meu tesouro, e mais algumas que estao longe, mas sei que sempre poderei contar.

Aqui, nao tenho tempo de nada, muito menos de ficar pensando em por que fulano me ligou e nao perguntou como vai meu filho. HAHAHAHAHAHA. Fala sério gente. A pessoa liga, te conta umas coisas e tal e NAO pergunta como está seu filho.

Risquei da caderneta! SOME.

Entao, como comecei o post e nao quis terminar: vc ta lá quieta no seu canto e do nada, do além mar, de repente fica sabendo que tem gente “falandinho” de você, mas se fazendo de amiga!

Ai ai ai, com tudo que tenho que passar, ainda tenho que dar conta disso. Parece mentira.

Fico puta? Fico. Raiva? Morri de ódio.

Mas quer saber? Fui.

Chama o Noel: “Leave me in peace, I´m on the side of the angels...”

21.6.12

Eu sou normal!

Pois é. Quase um ano depois estou de volta. complicado ser frequente como antes, nao dá tempo, simplesmente nao dá!! Trabalho, Pedro, casa, marido... nao é mole nao.
Já tinham me avisado que o primeiro ano de mae é foda. Ou seja, eu já sabia, entao nao tem desculpa!
Estou continuamente numa crise que parece nao ter fim, mas ainda bem que tenho amigas maes que falam a verdade e descobri que, na blogosfera materna, todo mundo mete a boca. É bom, por que você nao conhece as pessoas, nao tem medo de se expor, conta mesmo toda a podreira e, melhor que contar é ouvir que todas passam pelo mesmo.
Que alívio. Nao sou louca, nao preciso me internar. Sou mae. E é isso aí: aprenda a lidar com essa culpa enorme, amiguinha, por que senao você desmorona.
Eu sinto culpa todos os dias, todos os minutos: culpa por que tava babando no travesseiro e ouvi um pequeno chorinho na babá eletrônica, mas enfiei o aparelho embaixo do travesseiro e esqueci; culpa por que de manha chega a minha assistente para que eu possa me trocar e me arrumar (?) para trabalhar e o Pedro gruda na minha perna e eu penso: como vou trabalhar assim?; culpa por que ele nao quer comer; culpa por que ele nao quer dormir; culpa por que dorme demais; culpa por que deixei com a assistente umas horinhas para fazer mao e pé; culpa, culpa, culpa.
SOS.
E aquele ser que vive com você, o pai da criatura, sempre está feliz. Tudo é tratado com mais leveza: se nao quer comer, nao come, se nao quer dormir, nao dorme... E você olhando aquilo, IRADA de ódio, tomada na pombagira, pensando: por que eu nao sou assim??
A simples resposta é: por que você é a mae. Nao adianta, chuchu, isso mesmo. É só olhar praquele corte da cesárea, para os quilos adquiridos, e um sem fim de etceteras para lembrar!
Mas aí você olha pra essa carinha. Olhem aí, fala sério.
Tem como nao ser feliz?
Sou uma pessoa numa constante crise, mas feliz. Mais uma vez, constato que sou normal. Sou mae.